Visões Cruzadas sobre a Contemporaneidade

Rede Internacional Interdisciplinar de Estudos

Atividades da Rede - 2021

VI Colóquio do Atlântico

29-30 de Novembro de 2021 - Ponta Delgada

2-3 de Dezembro de 2021 - Lisboa


Realizando-se anualmente, em Lisboa e nos Açores, têm por objectivo o estudo de figuras relevantes do pensamento e da cultura portuguesa oriundas daquele arquipélago, bem como de temas e problemas culturais e especulativos que hajam recebido contribuição significativa ou encontrado expressão individualizada em autores ou personalidades açorianas.

Ciclo de Debates CD-IEEI

A autonomia estratégica da União Europeia: uma prioridade para Portugal?

25 de Novembro de 2021


A Europa da Defesa foi pensada, a partir dos anos 90, como um projeto complementar da NATO e com o objetivo de contribuir para a paz internacional, no quadro das Nações Unidas, numa altura em que as tensões Leste-Oeste tinham perdido parte da sua acuidade e a ideia de uma casa comum europeia parecia realizável.

Os passos que foram dados assentavam na cooperação entre a França e o Reino Unido que se alargava a todos os Estados-membros. Hoje tais premissas estão em causa. A garantia americana no seio da NATO está enfraquecida, a Rússia de parceira passou a ser vista como um risco para a segurança e o Reino Unido já não é membro da União Europeia. Tudo isto numa altura em que se multiplicam os conflitos e as tensões nas fronteiras da União. É neste contexto que ganha corpo o debate sobre a autonomia estratégica e capacidade da União, na resposta, sozinha se necessário, aos desafios à sua segurança.

Qual deve ser a visão portuguesa da defesa europeia? Que lugar para o Reino Unido? Que relações com a Rússia? São algumas das questões que se levantam.

Ciclo de Conferências Tempos suspensos, muros e fronteiras

Novembro de 2021 - Março de 2022


Traçar limites faz parte da condição humana. Separar é uma forma de ordenamento de uma realidade mas também uma manifestação de poder. Ainda assim, a ideia de progresso pareceu indicar-nos o contrário. As distâncias encurtariam, os efeitos de atrito do espaço diminuiriam, as mobilidades geográficas alargar-se-iam e caminharíamos para um mundo hiperacelerado de conetividades ilimitadas. Com alguma precipitação, anunciou-se o fim da Geografia e desvalorizaram-se as fronteiras, como se estas últimas constituissem a expressão anacrónica de um passado que não regressaria. A queda do muro de Berlim, os avanços da Europa Schengen, o expansionismo dos fluxos turísticos e a aceleração das tecnologias de comunicação e transporte, tudo parecia apontar para esse admirável mundo novo.

Contudo, pela sua espessura, multidimensionalidade e complexidade, o mundo não tem um sentido único. Nem a parte deve ser confundida com o todo, nem as tendências podem ser vistas apenas por uma das suas faces. Os limites, as barreiras e as fronteiras nunca deixaram de existir. Pelo contrário, os muros têm-se multiplicado, os físicos e visíveis, mas também os imateriais.

Separar, proteger algum espaço geográfico ou comunidade, impedir a passagem e a entrada de fluxos indesejáveis ou salvaguardar a soberania, estas algumas das motivações que têm levado ao levantamento e reforço de barreiras em diferentes lugares do mundo e traçadas em múltiplas escalas geográficas, das áreas urbanas às linhas de fronteira que demarcam territórios nacionais.

Na perspetiva das mobilidades interrompidas, estes muros podem criar experiências espacio-temporais de espera. Por exemplo, em espaços geográficos restritos como os campos de refugiados, os tempos são longos e indefinidos, aguardando soluções duradouras que tardam. O mesmo acontece nas geografias suspensas em frente a outros muros e barreiras que fazem a contenção de colunas de migrantes que, quase sempre, não podem regressar aos pontos de partida.

Estas espacialidades fragmentadas devem ser entendidas no contexto da geometria variável e das múltiplas cartografias de limites e fronteiras traçados pelos diferentes atores, a começar pelos Estados, mas passando também por protagonistas como as redes informais da criminalidade, os grupos humanos não hegemónicos ou as empresas. Na verdade, o espaço geográfico é a resultante da sobreposição instável de todas estas demarcações, nem sempre em harmonia, com frequência em conflito.

Numa perspetiva construtivista, levantar limites e traçar muros, mais que uma ação retrospetiva que demarca as diferenças do passado, é um ato performativo e prospetivo que condiciona o futuro, aumenta as distâncias e promove as diferenças entre aquele que está de um lado e o outro, que é remetido para lá daquela barreira defensiva.

Neste ciclo de palestras, discutir-se-ão múltiplos pontos de vista e diferentes estudos de caso em torno desta temática de atualidade.

Ciclo de Conferências Diálogos sobre a Contemporaneidade IV

Bicentenário da Independência do Brasil: Caminhos e Horizontes

1ª sessão - 25 de outubro de 2021

2ª sessão - 4 de novembro de 2021

3ª sessão - 27 de janeiro de 2022


O próximo ano marca os 200 anos da Independência do Brasil, o percurso dos últimos dois séculos precisa ser compreendido visando refletir sobre possibilidades para o futuro em busca de uma nação mais justa e igualitária, ciente de suas obrigações para com a população e com o planeta, inserida na comunidade mundial, contribuindo para o estabelecimento de uma cidadania mais condizente com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).


Com o objetivo de antecipar esta reflexão, a Rede Internacional Interdisciplinar de Estudos Visões Cruzadas sobre a Contemporaneidade – VCC, através da Seção Brasil, promove o seu IV Ciclo de Diálogos cujo tema central será o “Bicentenário da Independência do Brasil: Caminhos e Horizontes”.


Em dois séculos de independência, o Brasil passou por inúmeros momentos relevantes que ajudaram a formatar a nação que é hoje, com todas as suas idiossincrasias. Um país continental que procura consolidar uma unidade, tentando agregar pessoas e culturas amplamente distintas e que, mesmo com toda dificuldade, tem logrado êxito.


Desde o “Grito da Independência” de Pedro de Alcântara de Bragança às margens do Riacho do Ipiranga muitas disputas foram travadas, muitas lutas vencidas, inúmeros dissabores experimentados, mas o resultado até o presente momento se revela bastante profícuo.

Conhecer os marcos desses anos desde a Independência até os dias atuais é essencial para que o Brasil goze de alguma independência no atual mundo que se mostra massivamente integrado ante a sociedade da informação instalada que nos permite uma comunicação sem precedentes na humanidade, contexto que agrega ao país não só o desafio da inclusão social ao ambiente digital, mas também, para os já incluídos, o desafio de um uso qualificado e responsável de todas as informações existentes no mundo virtual.


Conhecer o passado, extrair daí os ensinamentos e buscar a construção de um país mais atento às necessidades dos indivíduos e da natureza é primordial para o próximo centenário da independência que está por vir. Entender os caminhos percorridos, traçar metas e estabelecer objetivos nos permitirá vislumbrar um horizonte melhor.

Muitas são as vagas que nos carregam para o futuro, contudo o mar que navegamos por vezes se mostra bastante agitado, exigindo navegadores hábeis e resilientes que consigam conduzir-nos a águas mais agradáveis, e as reflexões promovidas neste evento poderão contribuir para isso.

Apresentação do Livro "Utopias Europeias: o poder da imaginação e os imperativos do futuro"

11 de outubro de 2021 - 21h30 - Auditório de Serralves


A Fundação Serralves organiza no dia 11 de outubro (segunda-feira), pelas 21h30, a apresentação do livro Utopias Europeias: o poder da imaginação e os imperativos do futuro, à qual se segue um debate aberto. O livro será introduzido e apresentado pelo seu coordenador, Álvaro Vasconcelos e pela Secretária de Estados dos Assuntos Europeus, Ana Paula Zacarias. A sessão será moderada por Fátima Vieira, Vice-Reitora da Universidade do Porto. A esta apresentação seguir-se-á um debate com o público.

O livro é resultado do debate gerado pelo Ciclo de Conferências do mesmo nome que decorreu na Fundação de Serralves entre maio de 2018 e maio de 2019. Durante um ano, as nove conferências que compuseram este ciclo debruçaram-se sobre “Maio de 68, 50 anos Depois: A Utopia da Igualdade e da Participação”, “A Utopia da Informação: Jornalismo Cidadão e Redes Sociais”, “A Utopia Social – Rendimento Básico Incondicional: Estado e Mercado”, “A Utopia Democrática – A Cidadania Europeia: do Erasmus ao Futuro”, “A Utopia Ecológica – Patriotismo terrestre: Preservar a Vida na Terra”, “A Utopia Tecnológica – A Inovação ao Serviço da Humanidade”, “A Utopia da Hospitalidade – Unidade na Diversidade”, “A Utopia da Segurança Humana e da Paz” e “Uma Nova Utopia Europeia”.

O livro Utopias Europeias: o poder da imaginação e do futuro surge de uma necessidade de um horizonte utópico, de uma finalidade que valha a pena, para a União Europeia que integre as utopias realizáveis que atravessam a sua cidadania. Ao mesmo tempo procura contribuir para o debate necessário sobre os horizontes utópicos do futuro europeu, numa perspetiva de Europa aberta, sempre com a convicção de que a Europa, apesar de se querer como projeto utópico, não poder ser ilha de um Mundo injusto e brutal. A Utopia Europeia que, ou é da Humanidade Comum, ou não é realizável.

O livro surge como antítese dos futuros distópicos e das retrotopias propondo horizontes realizáveis que se pretende que participem e formem a nova utopia europeia. Estes átomos, que embora tomados de forma isolada nas conferências individuais, funcionam em rede na construção da Nova Utopia Europeia.

A apresentação do livro, que se segue de um debate aberto, pretende reverter a nostalgia de olhar apenas para o passado e, a partir das utopias e temas sublinhados no livro, pensar no presente e no futuro deste debate…

Um debate participativo: esta conferência de Serralves contará com a participação de representantes de organizações da sociedade civil, cujo âmbito de atividade abrange as Utopias Europeias e ser um contributo para a Conferência sobre o Futuro da Europa.

A Conferência sobre o Futuro da Europa segundo a declaração conjunta do Parlamento Europeu, do Conselho e da Comissão Europeia, deverá abrir “um novo espaço de debate com os cidadãos para dar resposta aos desafios e prioridades da Europa.

O projeto da assembleia de cidadãos sobre o Futuro da Europa é organizado pelo Fórum Demos em parceria com o Projeto Assembleias de Solidariedade da coligação Citizens Take Over Europe, da qual fazem parte as Alternativas Europeias, e conta com a colaboração do CEIS20 da Universidade de Coimbra, da Universidade do Porto, da Universidade Lusófona do Porto e do Centro Nacional de Cultura .


Webinar "Cidadania Pleniférica: uma pauta da Contemporaneidade"

30 de setembro de 2021

Cidadania Pleniférica - conceito criado pela Professora Isabel Maria Freitas Valente em diálogo Interdisciplinar com o Professor Marcelo Furlin


Embora possa parecer um simplismo juntar duas palavras e criar uma palavra nova que é um neologismo, no entanto, existe um enriquecimento conceptual pelo facto de juntar as duas palavras e criar uma nova para transmitir um conceito que é novo. Isto já provou ser uma estratégia furtiva em alguns como por exemplo, no conceito de flexisegurança, na área do trabalho, glocal que significa pensar globalmente e agir localmente. No caso concreto, a área de investigação a que me tenho dedicado – as Regiões ultraperiféricas da Europa, disso são exemplo. Aquilo que hoje é conhecido pelo conceito de ultraperiferia (nove regiões ultraperiféricas da União Europeia - Guadalupe, Guiana Francesa, Martinica, Mayotte, Ilha da Reunião, Saint-Martin-França, Açores, Madeira-Portugal e Ilhas Canárias-Espanha), resulta da junção de duas palavras ultra e periferia. Este neologismo é reconhecido pelo Tratado de Maastricht (1992), em Declaração anexa (nr. 26). Embora se trate de um acto, anexo a este Tratado, ele deve ser considerado como um acordo unânime dos Estados-membros de adoptarem o direito comunitário a estes territórios. Na verdade, foi possível considerar «medidas específicas a seu favor, na medida em que exista e enquanto existir uma necessidade objectiva de tomar tais medidas, tendo em vista o desenvolvimento económico e social dessas regiões. Essas directrizes deviam referenciar simultaneamente objectivos de realização do mercado interno e de reconhecimento da realidade regional, de modo a permitir que essas Regiões Ultraperiféricas consigam atingir o nível económico e social médio da Comunidade.» O Conceito de ultraperiferia é consagrado no Tratado de Amesterdão, assinado a 2 de Outubro de 1997, através do articulado 299 n.º 2. Atualmente, o artigo 349.º do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia (TFUE) é o instrumento de desenvolvimento e reconstrução das RUP.

Portanto, trata-se de uma estratégia que pode ser criticada, mas que serve bem para transmitir a ideia de um novo conceito através da fusão de dois conceitos para nascer algo novo. A língua alemã têm esta estratégia de criar palavras compostas com vários conceitos que geram um novo. É isto que nos propomos fazer com vista à criação de um novo horizonte ontológico através de matizes semânticas.

Workshop de "Interação e Criação Interdisciplinar Orientada"

22 de setembro de 2021


No âmbito das II Jornadas Internacionais da Rede VCC, o workshop visa levar a cabo um exercício de prática interdisciplinar através do debate, diálogo e escrita científicas em estilo ensaístico, envolvendo diferentes áreas do conhecimento. O tema inicial são os direitos digitais e as questões prementes colocadas pelo Direito Fundamental à Internet durante e depois da pandemia.


Público-alvo: Estudantes universitários em nível de Graduação e Pós-Graduação, professores, representantes de ONGs, representantes de administrações municipais e público em geral.

II Jornadas Internacionais da Rede VCC

Ciência isolada ou ciências em diálogo? Interdisciplinaridade e desenvolvimento sustentável

21-23 de setembro de 2021


É sabido que a interdisciplinaridade não emerge da mera justaposição de temas desconexos. É necessário um esforço acrescido, individual e coletivo, para fazer “pontes” disciplinares, que possam abrir as diferentes visões científicas, setoriais e especializadas, a outras áreas do saber, mais próximas ou mais afastadas. Este é um dos mais promissores caminhos para a evolução científica e o progresso social.


No entanto, o uso de diferentes linguagens científicas, o afastamento geográfico, o desconhecimento mútuo, ou até diferentes prioridades de investigação, fazem com que a desejável convergência de interesses muitas vezes não ocorra.

Assim, um primeiro objectivo da discussão é debater o que é interdisciplinaridade, reconhecer as principais dificuldades da interdisciplinaridade, identificar metodologias adequadas à promoção da interdisciplinaridade na investigação, acção e ensino. Um segundo objectivo será analisar o potencial de interdisciplinaridade na concretização dos ODS.

Conferência Final_Curso Cátedra EDUWELL.pdf

Conferência Final de Curso

Cátedra Unesco

Educação e Ciência Para o Desenvolvimento e Bem-estar Humano - Eduwell

23 de julho de 2021


Live "Pacto Educativo Global e Espiritualidade Ecológica"

15 de julho de 2021


Evento_IMAGES OF EUROPEAN INTEGRATION HISTORY.pdf

Colóquio "Images of European Integration History"

29-30 de junho de 2021


Congresso "Biologia da Ressurreição Vegetal. Aspetos ecológicos, jurídicos e éticos"

14-15 de junho de 2021


Curso Intensivo União Europeia: palco dos Direitos Fundamentais

17-28 de maio de 2021

Fruto de uma parceria do Programa de Pós-Graduação em Ciências Humanas e Sociais da UFABC (PCHS/UFABC), com o Centro de Estudos Interdisciplinares do Século XX da Universidade de Coimbra (CEIS20-UC), com a Rede Internacional Interdisciplinar de Estudos Visões Cruzadas sobre a Contemporaneidade (Rede VCC) e com a Escola Preparatória para a Pós-Graduação em Humanidades (Pós-Graduar), o curso pretende analisar a Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia à luz do Tratado de Lisboa, questionando a forma como esta contribui para o desenvolvimento da interdisciplinaridade na dogmática e na concretização prática dos direitos fundamentais. Visa, ainda, aprofundar o conceito de cidadania nas suas múltiplas dimensões.

Conferência "União Europeia: que Futuro?"

14 de maio de 2021


Evento "7ODOS JUN7OS PELA UROPA"

12 de maio de 2021


Apresentação do nr 1 da Revista Perspetivas da Contemporaneidade

6 de maio de 2021

Sessão (on-line) de apresentação do nr 1 da supracitada revista promovida pela Rede Internacional Interdisciplinar de Estudos: Visões Cruzadas sobre a Contemporaneidade – VCC

Ciclo de Conferências Diálogos sobre a Contemporaneidade III

15 de abril de 2021 - 24 de junho de 2021

Num contexto de crescente centralidade da Revolução Digital e da Declaração de Berlim sobreSociedade Digital e Governo Digital Baseado em Valor", a Rede Internacional Interdisciplinar de Estudos Visões Cruzadas sobre a Contemporaneidade - VCC promove o ciclo de conferências “Democracia, Cidadania e Inclusão Digital” coordenado por Isabel Maria Freitas Valente e Alexandra Aragão e com a colaboração de prestigiados especialistas nacionais e estrangeiros.

Ciclo de Conferências Diálogos sobre a Contemporaneidade II

13 de outubro de 202o - 23 de fevereiro de 2021


A Rede VCC promove o Ciclo de conferências "Diálogos sobre a contemporaneidade - II", atividade desenvolvida em parceria com o Grupo de Investigação Europeísmo, Atlanticidade e Mundialização do CEIS20-UC, com o Centro de Estudos Humanísticos da Universidade dos Açores e a Faculdade de Direito da Universidade Federal da Bahia.

Covid-19 e o Cenário Político-Económico Mundial

14 de janeiro de 2021

Programa European Outermost.pdf

European Outermost Periphery and Atlantic Centrality. The Azores and the Euro-Atlantic Space. Fostering Transatlantic Dialogue.

October 2020 to April 2021

IPSA World Congress 2020: Call for Papers for LOC02 "Estudos Europeus” open panel: “O recrudescimento dos nacionalismos no espaço da União Europeia: que desafios?”